Como identificar os sinais de infarto.

Como identificar os sinais de infarto, AVC, hipertensão e insuficiência cardíaca?

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo; agilidade no atendimento médico é fundamental para evitar sequelas.

O cardiologista também afirma que os índices das doenças do coração foram intensificados durante a pandemia de covid-19, pois as pessoas têm demorado mais para buscar ajuda médica quando apresentam algum dos sintomas por medo de contrair o vírus. 

— Na maioria dos hospitais, a área de atendimento de pacientes com covid é totalmente isolada, então conseguimos fazer o atendimento das outras pessoas sem que ela tenha contato — explica Silveira. 

Características das doenças 

Infarto: se caracteriza principalmente por uma dor ou aperto no peito que costuma irradiar para o braço esquerdo e mandíbula. A doença se apresenta de forma intensa e também pode causar náusea, sudorese e mal estar. É fundamental reconhecer os sintomas e procurar atendimento de forma rápida, para fazer um cateterismo em até 24 horas. Neste procedimento, realiza-se uma angioplastia coronária para desobstruir a artéria e aumentar o fluxo de sangue para o coração. 

Insuficiência cardíaca: é como uma falha na bomba cardíaca, em que o coração não dá conta da quantidade de sangue que precisa fazer circular, o que acaba resultando no acúmulo de sangue e entupimento das artérias dos pulmões. Os principais sintomas são sensação de cansaço e falta de ar (inicialmente a partir de esforço, mas depois até mesmo em repouso). O diagnóstico é clínico e o tratamento é baseado no uso de medicamento — algumas poucas vezes é necessário fazer cirurgia.  

Hipertensão: a maioria dos pacientes não apresenta sintomas, mas podem apresentar dor de cabeça, dor na nuca, tontura e mal estar. O diagnóstico só pode ser feito com a verificação da pressão arterial e, caso o paciente não descubra e trate o problema com medicamentos, pode gerar danos nos rins e no coração, aumentando inclusive as chances de AVC. A hipertensão não tem cura, mas os níveis de pressão podem ser reduzidos com mudanças nos hábitos de vida, como alimentação regulada e prática de exercícios físicos.
A verificação da pressão pode ser feita em casa, com aparelhos digitais, por exemplo. Para isso, o ideal é estar em repouso, em um ambiente tranquilo, com o braço na altura do coração e bexiga vazia. O cardiologista Daniel Souto Silveira ressalta que o paciente mesmo consegue acompanhar a situação ao monitorar a pressão por alguns dias, mas é importante consultar um especialista para determinar qual a melhor opção de tratamento. 

Acidente vascular cerebral (AVC): assim como no infarto, existe o entupimento de artérias, mas de outro órgão: o cérebro. Nesta doença, um coágulo sai do coração e vai parar em alguma artéria cerebral, ocasionando principalmente perda de força de um lado do corpo e perda de fala e de visão. Trata-se de um quadro súbito, em que o tempo é fundamental: quanto mais rápido desentupir a artéria, menos sequela neurológica haverá. 

Principais fatores de risco e prevenção 

Os principais fatores de risco para doenças cardiológicas são o sedentarismo, a obesidade, a hipertensão arterial, a diabetes sem tratamento correto, o aumento do colesterol sem tratamento adequado e o tabagismo. Por isso, a prevenção está relacionada ao controle de peso, à alimentação saudável e à prática de atividade física — recomenda-se ao menos 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. 

No caso de diagnóstico de doenças como hipertensão e diabetes, é necessário seguir um tratamento adequado, pois, se a glicose, a pressão e o colesterol estiverem bem controlados, há uma diminuição nas chances de desenvolver alguma dessas enfermidades. Além disso, é indicado fazer um check-up cardiológico periodicamente. No entanto, a idade ideal depende dos fatores de risco que cada paciente apresenta, como histórico familiar de doença cardíaca. 

Por isso procure sempre um profissional de sua confiança do seu plano de saúde, assim você saberá com maiores detalhes como identificar os sinais de infarto, terá o diagnostico correto e essencial para realizar o tratamento adequado.

 

Doenças psicológicas 

Daniel Souto Silveira, coordenador do Setor de Cardiologia do Hospital Mãe de Deus, destaca que quadros como ansiedade, estresse e depressão aumentam o risco de infarto na mesma proporção do diabetes. Por este motivo, é preciso ficar atento para não desconsiderar os sintomas que podem ser tanto indícios de uma crise de ansiedade quanto de um ataque cardíaco, como as palpitações. 

 — A ansiedade tem diagnóstico por exclusão, então, na dúvida, o lugar de um paciente que está se sentindo mal é dentro do hospital — reforça. 

Diferenças entre homens e mulheres 

A prevalência de doenças cardiovasculares entre homens e mulheres é bem semelhante, mas, no caso das mulheres, enfermidades como o infarto e o AVC ocorrem principalmente no período pós-menopausa, em função das alterações hormonais. Além disso, elas podem apresentar sintomas diferentes no caso de um infarto, pois somente um quarto sente a típica dor no meio do peito. Porém, algumas também podem reportar queimação e pontadas na região do peito, por isso a importância de saber identificar os sinais de infarto faz toda diferença. 

Sinais de alerta 

  • Palpitação (sentir o coração descompassado) 
  • Crise hipertensiva 
  • Dor no peito 
  • Tontura atípica 
  • Dor de cabeça abrupta e fora do padrão 
  • Perda de forças 
  • Dificuldade de fala 
  • Redução do nível de consciência 
  • Dificuldade de movimentação de um dos braço

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